A segunda edição do festival Black na Cena, em São Paulo, rendeu homenagens discretas à cantora Amy Winehouse, que foi encontrada morta hoje. Perto das 20h, durante a apresentação de Marcelo Yuka, o músico pediu uma salva de palmas a Winehouse e também ao rapper Sabotage (morto em 2003), dedicando a homenagem a “artistas que partiram de forma brusca”.
Após o show de Yuka e antes da atração seguinte, Public Enemy, o mestre de cerimônias do evento, Thaíde, por trás das cortinas, também pediu palmas à cantora. Já Flavor Flav, um dos rappers do Public Enemy, convocou alguns segundos de silêncio para “minha garota, senhorita Winehouse”.
O segundo dia do Black na Cena começou pouco depois das 16h, com apresentação do rapper Xis e os convidados Marcelo Mira e Rincón Sapiência e músicas como “Sonho Meu”.
O público presente ainda era pequeno no começo da tarde, mas aumentou um pouco durante a apresentação do cantor de dub jamaicano Lee Perry, acompanhado do também jamaicano Mad Professor nos efeitos na mesa de som. De cabelo e barba escarlates, Perry cantou obscenidades divertidas e se autointitulou “maluco”, sobre bases com muitos graves e delays.
A atração seguinte, Marcelo Yuka, apresentou músicas como “Base de Guantánamo”, de Caetano Veloso, e “Minha Alma”, de sua antiga banda O Rappa, mas a falta de interesse da plateia com a apresentação apenas esfriou mais a noite.
Public Enemy, principal nome internacional do festival no sábado, entrou no palco na sequência, proporcionando os primeiros momentos animados do festival na noite com faixas como “Don’t Believe the Hype”, com participação de membros do grupo Naughty By Nature, atração do Black na Cena do domingo.
“Nossa vida mudou depois de nossa apresentação no Brasil em 1991″, disse Chuck D, rapper do Public Enemy, chamando o Brasil de “número um” em português.
Banda Black Rio (com Criolo, Negra Li e Slim Rimografia de convidados), Pato Banton, Jorge Benjor e Olodum com Carlinhos Brown são as atrações seguintes no festival.
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